terça-feira, 29 de julho de 2014

NÃO SOMENTE DIANTE DOS FILHOS

     Todos os pais não somente devem reconhecer sua responsabilidade e santificar-se por causa dos filhos, como também devem aprender a andar constantemente com Deus. É verdade que devemos nos santificar em favor dos nossos filhos, mas não devemos fazê-lo somente na presença deles. O Senhor Jesus era santo mesmo antes de se santificar por causa dos Seus discípulos. Do mesmo modo, os pais devem a todo o tempo andar com Deus. Não importa quão zelosos aparentemos ser, os nossos filhos facilmente verão se somos cuidadosos somente diante deles ou também diante de pessoas e em outras ocasiões. Por essa razão, não devemos apenas nos santificar diante dos filhos e somente por causa deles, mas cultivar um viver na presença de Deus, em constante comunhão com Ele. Na Bíblia, dentre outros, temos o exemplo positivo de Enoque. Em Gênesis 5:21-22 lemos:
     "Enoque viveu sessenta e cinco anos, e gerou a Metusalém. Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas".
     Nada sabemos de Enoque antes dos seus sessenta e cinco anos, mas depois que gerou a Metusalém sabemos que andou com Deus, e Deus o tomou para Si.
     Esse registro do Antigo Testamento é bastante especial. Quando o peso de ter uma família chegou a Enoque, ele provavelmente percebeu que por si mesmo não poderia ser um pai adequado. Deve ter sentido que a 

domingo, 27 de julho de 2014

LER A BÍBLIA

LER A BÍBLIA


     Um cristão precisa invocar o nome do Senhor, crer e também ler a Bíblia. Assim como respirar, beber e comer são itens essenciais para a vida física, invocar o nome do Senhor, orar e ler a Bíblia são coisas vitais na vida espiritual, e devem ser praticadas diariamente pelos filhos de Deus.

I. A origem da Bíblia

     1. "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2 Timóteo 3:16).
     A palavra inspirada nesse versículo significa soprada. A origem da Bíblia é Deus. Foi Deus quem soprou Sua palavras de revelação por meio de Seu Espírito para dentro e de dentro dos autores das Escrituras. O que foi soprado não foram somente palavras, mas também o Espírito.
     
     2. "Homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
     A Bíblia é o sopro de Deus. Por meio de Seu Espírito, Deus soprou Sua palavra para dentro e de dentro dos homens que a falaram conduzidos pelo Espírito Santo. Portanto, a Bíblia é proveniente de Deus e foi escrita por alguns santos do Antigo Testamento, como os profetas, os líderes e os reis entre os israelitas, e também por vários santos do Novo Testamento: os apóstolos e outros, como Marcos e Lucas.
     

II. O conteúdo da Bíblia

     O conteúdo da Bíblia é tanto extensivo como inclusivo; os dois aspectos principais desse conteúdo são verdade e vida. A verdade traz-nos a revelação e o conhecimento de todas as realidades do universo, tais como a realidade de Deus, a realidade do homem, a realidade de todas as coisas da era presente, da vindoura e da eternidade, especialmente a realidade do Cristo designado por Deus e da igreja gerada por Ele. Vida é Deus vindo em Cristo como o Espírito para ser nossa vida, fazendo com que sejamos regenerados e passemos a viver pela vida normal da igreja, que é um ambiente propício para a  vida divina crescer em nós, transformado-nos e conformando-nos à imagem de Cristo, a fim de tornar-nos Sua expressão e introduzir Seu reino na terra.

     1. "A tua palavra é a verdade" (João 17:17).
     Aqui o Senhor Jesus indica que a palavra do Deus Pai na Bíblia é a verdade; ela nos revela a realidade do próprio Deus e de Seu plano, para que creiamos e O recebamos.
     
     2. "Dizei ao povo todas as palavras desta Vida" (Atos 5:20).
     Esse versículo mostra-nos o que o anjo falou a Pedro, ordenando-lhe que pregasse as palavras de vida, que são as palavras da Bíblia pregadas pelos apóstolos. Visto que as palavras contêm vida, elas podem suprir vida, e essa vida é o próprio Deus. Isso prova que o conteúdo principal da Bíblia não é somente a verdade, como também a vida eterna.

III. A função da Biblia


     1."As Escrituras [...] testificam de mim" (João 5:39).
     A primeira função da Bíblia é testificar de Cristo. Cristo é o tema e o conteúdo da Bíblia, e a Bíblia é a explicação e a expressão de Cristo. Cristo é a Palavra viva de Deus, e a Bíblia é Sua palavra escrita. Cristo, a Palavra viva, é a realidade. Sem Ele, as palavras escritas da Bíblia não passam de doutrinas vazias e letras vãs. Todavia, sem a palavra escrita da Bíblia como Sua expressão, Cristo, a Palavra viva, seria abstrato e intocável. Portanto, para conhecer Cristo devemos ler a Bíblia.
     
     2. "As sagradas letras [...] podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Timóteo 3:15).
     Por um lado, a Bíblia testifica de Cristo; por outro, torna-nos sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus, revelando-nos o método da salvação do homem pela fé, para que saibamos como ser salvos.

     3. "Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente" (1 Pedro 1:23).
     A palavra viva de Deus, na Bíblia, é a semente da vida que nos capacita a obter a vida divina para ser regenerados.

     4. "Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação" (1 Pedro 2:2).
     O "leite espiritual" refere-se à Palavra de Deus que se torna o leite que alimenta. Para as crianças espirituais, recém-regeneradas, a Bíblia é o leite nutritivo que as faz crescer.

     5. "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4:4).
     Pelo contrário, as palavras que saem da boca de Deus se referem às palavras de Deus na Bíblia. Tais palavras não são apenas nosso leite espiritual, mas também nosso alimento espiritual, que nos nutr a fim de fazer-nos crescer na vida divina e amadurecer.

     6. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos" (Salmos 119:105).
     A palavra de Deus na Bíblia não somente ilumina nosso coração e espírito, interiormente, para nos dar sabedoria e revelação, como também ilumina nossos passos e caminhos, exteriormente, para que não nos percamos.

     7. "Toda a Escritura é [...] útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17).
     As palavras da Bíblia têm funções variadas: ensinar, repreender, corrigir e educar as pessoas na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e completamente habilitado para toda boa obra. Além dessas, há muitas outras funções da Bíblia não enumeradas aqui.

V. Como ler a Bíblia


     "Tomai também [...] a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito" (Efésios 6:17-18).
     Aqui é-nos dito que recebemos a palavra de Deus orando no espírito. Isso revela que também precisamos usar o espírito quando lemos e recebemos a Palavra de Deus. Isso se faz, sem dúvida, pela oração. Portanto, ao ler a Bíblia, devemos usar o espírito, mediante a oração, a fim de receber as realidades das Escrituras para a parte mais interior de nosso ser, o nosso espírito. Se usarmos apenas a mente para compreender, receberemos apenas mais acúmulo de conhecimento bíblico, de boas doutrinas que não são  suficientes para nos transformar interiormente e mudar nossa conduta no viver diário.
     

VI. Praticar a Palavra


     "Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade" ( 3 João 4).
     O termo andar na verdade significa praticar a Palavra. Muitos filhos de Deus leem a Bíblia, mas nem todos a praticam. O apóstolo João, em idade avançada, manifestou sua alegria ao ver que os que foram espiritualmente cuidados por ele, praticavam a Palavra. Dessa forma, tornaram-se cooperadores do apóstolo na propagação dessa palavra a outras pessoas, suprindo-lhes a vida divina e, assim, contribuindo para apressar a volta do Senhor.

     "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha" (Mateus 7:24-25).

ORAR

Orar


     A oração é essencial para a vida espiritual do cristão. Por meio da oração cooperamos com Deus para o cumprimento de Sua vontade. Oferecemos a Ele um caminho para realizar Sua obra. Algumas pessoas pensam que orar se resume em pedir coisas a Deus para suprir suas próprias necessidades ou para resolver seus problemas. Ele, sem dúvida, cuida dos Seus e supre suas necessidades de maneira detalhada e abundante, mas isso não é muito comum entre os filhos de Deus. Esse tipo de pensamento é muito comum entre os filhos de Deus. Por isso esta lição é de extrema importância para nós.

I. O significado da oração


     O verdadeiro significado da oração é contatar Deus no espírito. Ela é o meio pelo qual o homem, por meio de seu espírito, contata o Espírito de Deus, inalando o próprio Deus para dentro de si. Dessa forma, estabelecemos uma união orgânica com Deus e podemos cooperar com Ele na execução de Sua obra na terra.
     

II. O órgão da oração


     Cada órgão do corpo humano tem uma função. Precisamos dos olhos para ver, ouvidos para ouvir e, do mesmo modo, necessitamos do espírito para orar.
     1. "Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (João 4:24).
     2. "Orando em todo tempo no espírito" (Efésios 6:18).
     Os versículos acima dizem-nos que Deus é Espírito e para adorá-Lo e orar a Ele devemos usar o nosso espírito. Orar no espírito é usar a parte mais interior de nosso ser para contatar Deus. Assim, devemos orar não somente de acordo com nossos pensamentos, mas segundo o sentimento interior do espírito. O órgão da oração não é a mente, mas o espírito.

III. Os meios da oração


     1. "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus" (Hebreus 10:19).
     Entrar no Santo dos Santos é achegar-se a Deus a fim de contatá-Lo e orar a Ele. Isso se dá mediante o sangue redentor derramado pelo Senhor Jesus na cruz, o qual lava todos os pecados que impedem nossa comunhão com Deus.

     2. "A fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (João 15:16b).
     Esse versículo diz que devemos orar ao Pai no nome do Senhor Jesus. Orar em nome do Senhor Jesus é estar no próprio Senhor. Quando oramos, precisamos orar não somente tomando como base o sangue do Senhor, mas também por meio de Seu nome, ou seja, pelo próprio Senhor.
     Não podemos chegar diante de Deus para orar dependendo de nossa conduta. Ainda que nossa conduta seja boa, é como trapo de imundícia aos olhos de Deus (Isaías 64:6). Tampouco podemos  depender de nós mesmos, porque também somos imundos e inaceitáveis a Deus. Portanto, quando nos achegamos a Deus para orar, devemos depender do sangue do Senhor para lavar nossa conduta de toda a imundícia. Devemos depender também do próprio Senhor para substituir nosso ser imundo, como se o próprio Senhor viesse orar a Deus. Somente tais orações são aceitáveis a Deus.

IV. Orar de acordo com o espírito

     
     A oração não é de acordo com o que pensamos, mas segundo o que sentimos no espírito. Oramos tudo quanto sentimos no espírito. Ao orar, não falamos algo preparado de antemão, antes, expressemos o que sentimos no espírito naquele momento. Confessemos os pecados ao Senhor se sentirmos que devemos confessar, e louvemos ao Senhor se sentirmos em nosso espírito que devemos louvar. Façamos o que o sentimento do espírito levar-nos a fazer.

V. Orar sem impedimento


     "Aproximemo-nos [...] em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência" (Hebreus 10:22).

     Orar sem impedimento requer boa consciência, isto é, não sermos condenados por ela. Uma vez que haja ofensa ou condenação na consciência, as nossas orações serão imediatamente impedidas, até mesmo interrompidas.
     Visto que pecamos, precisamos ser purificados de má consciência pelo sangue de Jesus a fim de aproximar-nos de Deus e orar a Ele. Assim, toda vez que orarmos, devemos pedir o Sangue purificador, de modo que nossa consciência fique sem ofensa. Desse modo, ousadamente nos achegamos a Deus para orar no espírito.

VI. Com que devemos lidar na oração


     A oração é também útil para confissão dos pecados. Quando oramos, aproximado-nos de Deus com sincero coração e espírito aberto, Ele, que é luz, brilhará em nosso interior para expor nosso verdadeiro ser e condição. Nesse momento, devemos confessar nossos pecados. Depois de confessar o primeiro pecado, podemos ver outro e mais outro ainda. Devemos confessá-los todos de acordo com o sentimento do espírito. Se ignorarmos o sentimento de condenação, a nossa oração certamente não tocará Deus. Ser-no-á difícil orar, porque a barreira do pecado ainda estará entre nós e Deus. Portanto, devemos confessar nossos pecados e lidar com cada um deles, um por um. Depois, oraremos de acordo com o sentimento do espírito. Então, certamente tocaremos Deus e O assimilaremos.

VII. Os benefícios da oração


     1."Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41).
     A oração não somente nos capacita a absorver Deus, mas, além disso, orar com vigilância guarda-nos de cair em tentação, protege-nos de sermos tentados e seduzidos pelo diabo a nos desviar do Senhor.
    
     2. "Acheguemo-nos [...] junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hebreus 4:16).
     O maior benefício de orar a Deus e contatá-Lo é receber misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna, a fim de satisfazer todas as nossas necessidades.
     
     3. "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Filipenses 4:6-7).
     Outro benefício que recebemos quando oramos ao Senhor é a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardando nosso coração e mente de todas as ansiedades. Que bênção é ter uma vida livre de ansiedades!
     Na verdade, os benefícios que ganhamos na oração não podem ser plenamente descritos. Que nós, os que pertencemos ao Senhor, nunca negligenciemos a oração, mas oremos em todo o tempo (Efésios 6:18), até mesmo sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17). Então, certamente, desfrutaremos e seremos abundantemente abençoados por Ele.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ESTUDO VIDA DE APOCALIPSE - MENSAGEM 1

PREFÁCIO


     Pela misericórdia do Senhor, neste Estudo-Vida cheguemos ao ultimo livro da Bíblia, o livro de Apocalipse. Devido ao sutil inimigo de Deus, o livro de Apocalipse tem ficado fechado e poucos cristãos o compreendem. Dificilmente  alguém vê algo de vida, da economia de Deus e do testemunho de Jesus nesse livro. Assim, tivemos encargo da pate do Senhor de termos um Estudo-Vida desse livro.
     Apocalipse é um livro de profecia (1:3; 22:7), pois a revelação que ele contém está em caráter de profecia. A maioria das visões referem-se a coisas por vir. Mesmo as sete epístolas às sete igrejas nos capítulos dois e três, no sentido de sinais, são profecias a respeito da igreja na terra até a volta do Senhor. Embora, esse seja um livro de profecia, não o é meramente em palavras, mas em visões reveladas àquele que vê. Aos olhos de Deus, todas as coisas profetizadas nesse livro já aconteceram e todas foram mostradas àquele que vê, visão após visão.
     No livro de Apocalipse, a maioria dos verbos e predicados não estão no tempo futuro, mas no passado, indicando que os eventos relatados nesse livro já ocorreram. Rigorosamente falando, Apocalipse não é apenas uma profecia, mas também uma revelação das coisas que já aconteceram. Enquanto elas, aos nossos olhos, podem não parecer ter ocorrido, aos olhos de Deus já ocorreram. Aos olhos de Deus, tudo o que é relatado nesse livro ocorreu há aproximadamente dois mil anos. Todos nós precisamos crer nisso. Os cristãos, na sua maioria, consideram Apocalipse um livro de predições e têm curiosidade em compreendê-las. Muitos deles leem esse livro apenas por causa de sua curiosidade, mas precisamos dizer ao Senhor: "Ó Senhor, salva-nos disto. Não queremos conhecer este livro por curiosidade". Digo categoricamente, uma vez mais, que Apocalipse não é meramente um livro de profecia, mas um relato de coisas que já ocorreram.
     Em Apocalipse, duas coisas principais já aconteceram. A primeira é que o testemunho de Jesus foi cumprido pela eternidade. Você não viu a Nova Jerusalém? O apóstolo João a viu há quase dois mil anos.Você crê que está na Nova Jerusalém? Se parecemos loucos por dizer isso, somos loucos segundo a Bíblia. A Nova Jerusalém, a consumação final e máxima da obra de Deus através dos séculos, foi completamente edificada e nós estamos nela! De acordo com os dois últimos capítulos de Apocalipse, a edificação da Nova Jerusalém foi cumprida. Esse primeiro item é do lado positivo.
     Do lado negativo, a segunda coisa principal também já aconteceu: Satanás, o inimigo de Deus, foi tratado. Aos olhos de Deus e até mesmo aos olhos de nosso irmão João, Satanás foi lançado para dentro do lago de fogo (20:10). Satanás, a serpente, está no lago de fogo e nós estamos na Nova Jerusalém. Você viu isso? Se vimos que Satanás está no lago de fogo, não suplicaremos a Deus para tratar com ele. Pelo contrário, louvá-Lo-emos porque o inimigo já foi tratado. Sempre que Satanás nos perturbar, devemos dizer-lhe: "Satanás, você está no lugar errado. Você não devia estar aqui. Você pertence ao lago de fogo. Volte para lá e não venha mais para cá". Você alguma vez já fez isso? Todos devemos fazê-lo.
     A Bíblia é sempre consistente, inclusive quanto à questão de Satanás, o inimigo de Deus. Em Gênesis 3, Satanás veio até a humanidade de uma maneira muito sutil, na forma de uma serpente. Em Apocalipse, Satanás é deliberadamente chamado "a velha serpente" (12:9; 20:2). No livro de Gênesis, a serpente não era tão velha, mas no livro de Apocalipse ela envelheceu; no mínimo está com seis mil anos. Com uma intenção definida, o livro de Apocalipse propositadamente chama-a de "a velha serpente". Na época do livro de Apocalipse, entretanto, Satanás não é apenas "a velha serpente", mas também tornou-se um dragão (12:9; 20:2). De acordo com Apocalipse, esse dragão primeiramente é expulso do céu para a terra (12:7-9). Então, após três anos e meio, ele é amarrado e lançado dentro do abismo (20:1-3). Em Apocalipse 20, vemos que, por ser ainda de alguma forma útil nas mãos de Deus, o Senhor libertará Satanás do abismo no fim dos mil anos (20:7). Após sua libertação, Satanás tentará ao máximo prejudicar a humanidade: "E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha" (20:8 - VRC). Mas, logo em seguida, conforme 20:10, o diabo será lançado dentro do lago de fogo, que é o seu destino e destinação. O livro de Apocalipse tem ficado fechado porque expõe Satanás, desvendando a sua sorte e destinação. Mas agora, no fim dos tempos, cremos que o Senhor abrirá esse livro e nosso coração, espírito e olhos para podermos ver claramente que o inimigo de Deus etá agora no lago de fogo. Aleluia! Satanás, a velha serpente, está no lago de fogo e nós estamos na Nova Jerusalém!
     A Nova Jerusalém é o testemunho de Jesus. A igreja de hoje também é o testemunho de Jesu. Hoje, nós, nas igrejas, somos o testemunho de Jesus. Todos precisamos ver isso ao máximo, esquecendo de nós mesmos, de nossas fraquezas, de nossos pecados habituais e até mesmo do fato de estarmos na terra. Quando alguém lhe pergunte onde está, você deve responder: "Estou na Nova Jerusalém". Na Nova Jerusalém não há insetos, rãs, escorpiões ou serpentes. Além do mais, nessa cidade não há pecado, morte ou mundo. Não há nada, exceto Cristo e o povo redimido e transformado de Deus. Se vimos isso, louvaremos o Senhor e gritaremos: "Aleluia!" Apocalipse 1:1 diz: "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer, e que ele, enviado por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João." A revelação deste livro é composta principalmente de sinais, isto é, símbolos com significado espiritual, tais como os sete candelabros simbolizando as igrejas e as sete estrelas simbolizando os mensageiros [anjos] das igrejas (1:20). Até mesmo a Nova Jerusalém é um sinal, representando a consumação final e máxima de símbolos, através doa quais a revelação torna-se-nos conhecida. O Evangelho de João é um livro de sinais significando como Cristo veio para ser nossa  vida a fim de produzir a igreja, a Sua noiva. O Apocalipse de João também é um livro de sinais mostrando como Cristo está agora cuidando da igreja, e como Ele está vindo para julgar e possuir a terra, e introduzir a igreja, Sua Noiva, na economia de Deus.

1. UM LIVRO DE CONCLUSÃO

     Apocalipse é m livro de conclusão. Se o livro de Apocalipse fosse eliminado da Bíblia, haveria uma grande lacuna, pois haveria um começo, mas nenhum fim. Embora haja o começo no livro de Gênesis, sem o livro de Apocalipse não há conclusão ou consumação. Após ter um bom início e passar por tantos trabalhos, há a necessidade de Deus ter uma consumação. Sem o Apocalipse não há conclusão da economia de Deus. Deus é grande, Ele é um Deus de propósito. Para o cumprimento do Seu propósito, a Sua economia precisa ser cumprida. Muitos estudiosos da Bíblia têm negligenciado a questão da economia de Deus. Se não tivéssemos Apocalipse, não poderíamos ver a consumação da economia de Deus. De fato, acharíamos até mesmo difícil perceber o que é a economia de Deus, pois não veríamos o resultado, o desfecho da Sua economia. Mas, nesse livro, a revelação da economia de Deus dica muito clara porque ele contém a sua conclusão.
     Sem Apocalipse também não teríamos qualquer conclusão para a redenção de Cristo. Cristo veio em carne e morreu na cruz para realizar a redenção. Contudo, que  redenção realiza? Dizer que a redenção de Cristo apenas salva os pecadores e leva-os para o céu é uma conclusão muito pobre. Esse tipo de conclusão não é tão significativa. Em Apocalipse, entretanto, vemos que Cristo nos redimiu, comprando-nos com o Seu sangue, para fazer de nós um reino e sacerdotes. Assim, esse livro desvenda a conclusão da redenção de Cristo.
     Apocalipse 1:6 diz que Cristo "nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai". Os crentes redimidos pelo sangue de Cristo não somente nasceram de Deus para o Seu reino (Jo 3:5), mas também foram feitos reino, que é a igreja (Mt 16:18-19), para a economia de Deus. João, o escritor desse livro, estava nesse reino (1:9) e todos os crentes redimidos e renascidos são parte desse reino (Rm 14:17).
     Um dos principais aspectos desse livro é que Deus está restaurando o Seu direito sobre a terra, para fazer dela o Seu reino (11:15). Quando Cristo veio, Ele introduziu o reino de Deus Consigo (Lc 17:21; Mt 12:28). Esse reino foi estendido para a igreja (Mt 16:18-19), a qual introduzirá a consumação do reino de Deus em toda a terra. Por um lado, o reino de Deus hoje está na igreja, mas por outro, está vindo por meio dos crentes vencedores (12:10). Então Cristo e os crentes vencedores reinarão sobre todas as nações no reino milenar (2:26-27; 12:5; 20:4, 6).
     A redenção por meio do sangue de Cristo não apenas os fez reino para Deus, mas também sacerdotes para Ele (1 Pe 2:5). O reino é para o domínio de Deus, ao passo que os sacerdotes, sendo aqueles que expressam a Sua imagem, são para a Sua expressão. Esse é o sacerdócio régio, real (1 Pe 2:9), para o cumprimento do propósito original de Deus em criar o homem (Gn 1:26-28). Esse sacerdócio real está sendo exercido hoje na vida da igreja (5:10). Ele será praticado intensivamente no reino milenar (20:6), e se consumará, de maneira final e máxima, na Nova Jerusalém (22:3, 5).
     O livro de Apocalipse também apresenta uma consumação maravilhosa da igreja. Nesse livro vemos a economia de Deus, a redenção de Cristo e o testemunho da igreja. Sem Apocalipse, poderíamos ler as epístolas repetidas vezes sem perceber que a igreja é o testemunho de Cristo. EM qual das epístolas vemos as igrejas resplandecendo como candelabros na noite escura? Somente no livro de Apocalipse podemos ver isso. Em Apocalipse, as igrejas primeiramente são os candelabros resplandecendo. Por fim, na eternidade, a igreja será a Nova Jerusalém, uma montanha de ouro. Essa é a maravilhosa consumação da igreja. A situação atual é uma mentira e não devemos crer nela. Não diga meramente; "Quão maligna é a Igreja Católica e quão miseráveis são as igrejas protestantes". Precisamos olhar para o outro lado, o lado eterno, onde vemos a Nova Jerusalém. Mesmo hoje, durante a noite escura, temos os candelabros resplandecendo. 
     Junto com a economia de Deus. a redenção de Cristo e o testemunho da igreja, Apocalipse também desvenda o destino do inimigo. Se não tivéssemos o livro de Apocalipse, não saberíamos qual é o destino de Satanás e ninguém seria capaz de compreender por que Deus tem tolerado e ainda está tolerando o Satanás sutil, maligno e sujo. Entretanto, se penetrarmos neste livro e virmos a conclusão do relato sobre Satanás, ficaremos felizes e riremos da serpente. Portanto, em Apocalipse temos a conclusão de quatro itens principais: a economia de Deus, a redenção de Cristo, o testemunho da igreja e o destino de Satanás.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

SER USADO PELO SENHOR E O TRANSBORDAR DE VIDA

TRABALHAR PARA O SENHOR SEGUNDO O TRANSBORDAR DE VIDA


     Muitos filhos  de Deus muitas vezes pensam que trabalhar para o Senhor é ser usado por Ele. É verdade que ser usado pelo Senhor é trabalhar para Ele, mas que significa trabalhar para Ele? Hoje, graças a misericórdia do Senhor, temos claramente visto que trabalhar para o Senhor não tem a ver com quantas coisas realizamos para Ele, mas com o quanto da vida o Senhor transborda de nós e é infundida a outros por meio de nós. O irmão Watchman Nee muitas vezes disse: "A obra autêntica é o transbordar de vida". Sem dúvida, nossa obra contém um elemento de realizar certas coisas. No entanto, não trabalhamos por causa do realizar coisas. Pelo contrário, trabalhamos para deixar a vida do Senhor transbordar, infundindo e ministrando a vida do Senhor aos outros, ou seja, infundindo o próprio Senhor aos outros.
     Usemos a pregação do evangelho como exemplo. Nosso trabalho para o Senhor nesse sentido é, por um lado, conduzir as pessoas à salvação e, por outro, ministrar a vida do Senhor aos pecadores. Com relação ao aperfeiçoamento dos cristãos, por um lado, precisamos alimentá-los, mas, por outro, nossa verdadeira intenção é dispensar cada vez mais a vida do Senhor a eles. Em nossa comunhão com os irmãos ou em nossas saídas para visitar os santos, estamos, ao que parece, ajudando e aperfeiçoando pessoas. Na verdade, se a comunhão e as visitas estão à altura, deve haver o transbordar da vida do Senhor e a dispensação dessa vida aos irmãos. Mesmo se falamos palavra de consolo e encorajamento, deve haver o transbordar da vida do Senhor para os irmãos. João 7:38 mostra que a intenção do Senhor é que nós, que temos a vida do Senhor, deixemos fluir do nosso interior rios de água viva para ministrar às necessidades de muitos.
     A razão por que a Igreja Católica e as igrejas protestantes tornaram-se uma grande árvore (Mt 13:32) é que elas têm muitas realizações e iniciativas, mas falta-lhes a vida no interior. Na Igreja Católica há muitas obras e projetos, mas dificilmente há algo do elemento de vida. O mesmo acontece com muitas denominações, escolas e hospitais. No entanto, em todas essas obras de grande escala, é difícil para as pessoas receber algo do elemento de vida. Muitas vezes, o mesmo acontece até entre nós. Frequentemente, nossas atividades, serviços e obras não têm muito a ver com o elemento de vida.

sábado, 19 de julho de 2014

Gênesis 3

GÊNESIS 3

A queda do homem
1. Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR  Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
2. Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3. mas do fruto da árvore que está no meio jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
4. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.
5. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.
6. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8. Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9. E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10. Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
11. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que ão comesses?
12. Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.
13. Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
14. Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.
15. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este de ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16. E à mulher disse: Multiplicarei sobremaneira os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
17. E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
18. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
19. No suor do rosto comerás o teu pão, até que torneis à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.
20. E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos.
21. Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.
22. Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.
23. O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.
24. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Leitura Bíblica - Gênesis 2

GÊNESIS 2


1. Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército.
2. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.
3. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.

A formação do homem
4. Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou.
5. Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo.
6. Mas uma neblina subia da terra e regava toda superfície do solo.
7. Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.
8. E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado.
9. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
10. E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartido-se em quatro braços.
11. O primeiro chamava-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro.
12. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix.
13. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe.
14. O nome do terceiro rio é o Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates.
15. Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.
16. E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 
17. mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

A formação da mulher
18. Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora idônea.
19. Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.
20. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
21. Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
23. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.
24. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
25. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.

Leitura Bíblica - Gênesis 1

GÊNESIS 1

A criação dos céus e da terra e de tudo que neles há

1. No princípio, criou Deus os céus e a terra.
2. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
3. Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4. E viu Deus que a luz era bos; e fez separação entre a luz e as trevas.
5. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.
6. E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas.
7. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez.
8. E achou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.
9. Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez.
10. À porção seca chamou Deus terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom.
11. E disse: Produza a terra relva,, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez.
12. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
13. Houve tarde e manhã, o terceiro dia.
14. Disse também Deus: Havia luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.
15. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez.
16. Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas.
17. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra,
18. para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre à luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
19. Houve tarde e manhã, o quarto dia.
20. Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e vem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.
21. Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
22. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves.
23. Houve tarde e manhã, o quinto dia.
24. Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie; animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez.
25. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
26. Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
27. Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
29. E disse Deus ainda: Eis que vos tenha dado todas as aves que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.
30. E todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.
31. Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Cristo, Como A Corporificação Do Pai, Tornou-se O Espírito Que Habita Interiormente Por Meio Da Morte E Ressurreição

CRISTO, COMO A CORPORIFICAÇÃO DO PAI, TORNOU-SE O ESPÍRITO INTERIORMENTE POR MEIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO

Leitura Bíblica:
Jo 14:8-11, 16-20, 23; 15:4-5; 16:13-15; 7:37-39; 20:22

VIDA E ESPÍRITO

     A vida é maravilhosa porque é misteriosa. Até mesmo nossa vida humana é um mistério. Quanto mais a vida divina! A vida mencionada repetidamente no Evangelho de João, muito mais do que nos outros Evangelhos. A vida da qual João fala é a vida eterna, incriada, que é o próprio Deus. Certamente uma vida como essa é um mistério! Por fim João nos relata que e:14 ele declara que essa vida é o próprio Espírito de Deus.
     João 1:1 afirma que o Verbo era Deus. A seguir em 1:14 ele declara que o Verbo se fez carne. Contudo em 4:24 lemos que Deus é Espírito. Na eternidade passada havia o Verbo; esse Verbo era Deus. Ele se fez carne, mas também é Espírito. Quem pode explicar isso? A carne e o espírito são invariavelmente postos em contraste em contra o outro. Ainda assim, aqui temos o Verbo, Deus, a carne e o Espírito, todos relacionados um com o outro. O Senhor, mais à frente, menciona o Espírito em João 14, quando diz: "E Eu rogarei ao Pai" para que envie "o Espírito da realidade" a fim de que habite com os discípulos e esteja neles (vs.16-17). A seguir, no próximo versículo Ele afirma: "Não vos deixarei órfãos, virei para vós", querendo dizer isso que a vinda do Espírito é a própria vinda do Senhor. Naquele dia Ele estaria neles (v.20), mostrando-lhes as mãos e o lado. A seguir "soprou neles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo". O Senhor não chegou ensinando ou dando ordens, mas soprando! Ele soprou o Espírito Santo neles. No grego, a palavra para espírito e para sopro é a mesma. Desse modo podemos também traduzir o que o Senhor falou por: "Receberei o sopro santo". Quando Ele soprou neles, o que receberam foi o Seu sopro. Eles receberam o Espírito Santo inspirando o sopro do Senhor.
   

Um Casamento na Luz

UM CASAMENTO NA LUZ

     "Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz, consiste em toda bondade, e justiça e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor. E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha. Mas todas as cousas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas, porque tudo que se manifesta é luz" (Efésios 5:8-13).

ANTES EM TREVAS

     A situação atual mostra que o mundo todo, incluindo os casais, não só está em trevas como também se tornou trevas. Apesar de muitos não saberem e não perceberem, existe um domínio espiritual prendendo as pessoas e as famílias nas trevas. A esse domínio espiritual a Bília chama de império das trevas (Colossenses 1:13), debaixo do qual estávamos nós antes de crermos em Cristo, de recebermos a Cristo. Naquele tempo estávamos em trevas e não sabíamos distinguir o certo do errado e não entendíamos a própria maneira de agir. Não tínhamos noção de onde viemos e nem para onde iríamos. Não conseguíamos ver o propósito de nossa vida, muito menos dos eventos que nos aconteciam. Por estarmos em trevas, facilmente perdíamos o rumo de nossa vida e não raramente caíamos nos "buracos" da vida. Porque estávamos sob o domínio das trevas, confiávamos naquilo e naqueles que não são confiáveis e não valorizávamos aqueles e aquilo que de fato tem valor. Como podíamos ser felizes estando em trevas? Como podíamos, como marido e mulher, direcionar nossa vida matrimonial, tomar decisões e nos entender quando ambos estávamos em trevas?

HOJE NA LUZ

     Graças a Deus que um dia Ele entrou em nossa casa e entrou em nosso coração. O Deus que de trevas disse "Haja Luz", Ele mesmo resplandeceu em nosso coração e trouxe-nos Sua luz da vida por meio do evangelho e assim nos transportou para Seu reino de luz. A partir daquele momento, a luz nasceu em nós. A luz que prevalece contra as trevas brilhou sobre nós e em nós. Então uma separação começou a ser feita em nossa vida. As trevas, que dominavam até  então, começaram a dar lugar à luz. Antes, víamos apenas os erros dos outros e principalmente os do cônjuge; hoje, oramos pelo cônjuge e usamos seus erros como espelho para ver nossos próprios e nos arrepender. Antes, nos orgulhávamos ao praticar as obras infrutíferas das trevas; hoje, as reprovamos.
     Apesar de termos nascido da luz, hoje precisamos seguir o Senhor, que é luz, para dar os frutos da luz, que são: bondade, justiça e verdade. Precisamos todos os dias nos achegar a Ele em oração para que Sua luz remova as trevas interiores que ainda estão em nós. Também precisamos buscar nos alimentar de Sua palavra que é lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos (Salmos 119:105). Muitos casais conseguem ver uma saída para sua vida simplesmente por gastarem mais tempo em ler a Palavra de Deus e se submeterem ao que o Senhor lhes fala por meio dela. Esses casais perceberam que, quanto mais brigavam por suas razões, mais em trevas eles ficavam. Era como se o disjuntor elétrico-caísse, e a luz apagasse. Mas, quando conversavam e oravam, as trevas eram dissipadas. Se desejamos que a luz de Deus continue a brilhar em nossa casa, não podemos apagar nosso espírito (1 Tessalonicenses 5:19), que é a lâmpada do Senhor (Provérbios 20:27). Quando as coisas não estiverem bem em casa, não discuta, não enfrente, não apresente suas razões; entre em seu quarto e comece a chamar o nome de Jesus: "Senhor Jesus, ó Senhor Jesus!". Quando alguma coisa não estiver de acordo com o que você gosta ou deseja, não procure corrigir o cônjuge com "a luz apagada"; antes, volte-se ao Senhor e ore. Assim, com "a luz acesa", será mais fácil fazer com que o cônjuge veja onde estava errado (Mateus 7:4-5).
     Enquanto todas as casas do mundo estão em trevas, as casas do povo de Deus devem ter luz (Êxodo 10:22-23).

ORAÇÃO

     'Senhor Jesus, obrigado por teres me transportado das trevas para Tua maravilhosa luz! Aleluia, porque Tu podes mudar as trevas em luz! Obrigado, Senhor, porque Tua luz, que é viva, elimina as trevas e deixa tudo claro. Senhor, ajuda-me a manter meu espírito sempre aceso! Senhor, me ilumina! Faz de meu casamento um lugar cheio de luz. Senhor, na autoridade de Teu nome, remove todas as trevas de minha casa, mas primeiramente e principalmente de mim. Ó Senhor Jesus, preciso de Ti".

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Não Há Lugar Para Outros

NÃO HÁ LUGAR PARA OUTROS


     Certa vez perguntaram a um menino: 
     - Quantos deuses existem?
     Ele prontamente respondeu:
     - Só existe um Deus, o verdadeiro Deus.
     - Como você sabe que só existe um?
     - É porque não há lugar para outros. A Bíblia diz que Deus enche o céu, a terra e todas as coisas.
     Essa é a verdade simples e prática da revelação da Bíblia. Deus não somente é único, como Ele enche todas as coisas. Sendo assim, não seria Ele capaz de encher seu vazio interior, dando sentido à sua vida? Não seria capaz de encher sua mente, eliminando dela pensamentos negativos? Não seria capaz de encher seu coração, tirando toda amargura, frustração, insatisfação e temor?
     Sim, Ele pode. E quer. Experimente.

Um Vaso Para Conter Deus

UM VASO PARA CONTER DEUS

     A Bíblia revela que o homem foi criado como um vaso para conter Deus. Em Romanos 9:21, Paulo fala de vasos de honra e em 9:23, de vasos de misericórdia preparados para glória. Por isso, o fato de sermos vasos de honra, preparados para glória, significa que fomos designados para conter Deus como nossa honra e glória.
     Podemos usar uma luva como ilustração do homem como um vaso, um recipiente de Deus. Posto que o objetivo de uma luva é conter a mão, a luva é feita à semelhança da mão. A mão tem um polegar e quatro dedos e a luva também tem um polegar e quatro dedos. Embora a luva não seja a mão, ela é feita à semelhança da mão com a finalidade de conter a mão. No mesmo princípio, o homem é um vaso para conter Deus. Por essa razão ele foi feito à semelhança de Deus.
     Se você colocar a mão dentro de uma luva, confeccionada especialmente para ela, a sua mão se sentirá confortável nela. Do mesmo modo, Deus se sente confortável no homem. Entretanto, Ele não se sentiria confortável em um animal ou mesmo em um anjo. Somente no homem Deus se sente em casa, em descanso. O céu pode ser o lugar temporário da habitação de Deus, mas Seu verdadeiro e permanente lar é o homem.
     Somos todos "luvas" confeccionadas para conter Deus como a mão divina. Fomos feitos numa forma adequada para ser habitação de Deus. Deus tem mente, vontade e emoções; nós também. Como humanos, não devemos ser "frouxos", seres sem vontade firme. Um ser humano adequado deve ter não apenas mente e vontade, mas também ser cheio de emoção. Para nós, deve ser fácil e espontâneo rir ou chorar. Não devemos ser como estátuas, incapazes de expressar sentimentos, mesmo em situações diferentes. A Bíblia revela que Deus é rico em emoções. Ele odeia, ama e fica zangado. De acordo com João 11:35, o Senhor Jesus, o Deus encarnado, chorou. Por isso, para ser um vaso para conter Deus, o homem foi criado com emoções. A emoção é extremamente importante, porque o próprio Deus é rico em emoção. Ele não é um Deus de pedra.
     Todas as virtudes humanas foram criadas de acordo com os atributos de Deus. Por exemplo, a bondade humana é uma imagem da bondade de Deus. O mesmo é verdade com relação à mansidão. A mansidão do homem tem traços de semelhança com a mansidão de Deus.

sábado, 12 de julho de 2014

Águas No Vale e Nas Montanhas

ÁGUAS NOS VALES E NAS MONTANHAS

Havia um homem que amava muito o Senhor e O servia dia e noite. Um dia sua esposa morreu, deixando oito crianças. Que grande prova foi essa situação para aquele irmão! Muito jovem, ele sofreu e aprendeu bastante com a experiência que passou.
Passaram-se anos, e, então, outro irmão, conhecido do primeiro, veio igualmente a perder a esposa, ficando só, com quatro filhos. Ninguém conseguia confortá-lo, tamanha a depressão em que ele caíra.
Aconteceu, porém, que o primeiro irmão veio visitar o segundo. Ao vê-lo, o que recém perdera a esposa falou: -Irmão, como me sinto confortado! Agora me sinto refrescado. Você perdeu a esposa e ficou só, com oito crianças. Também perdi a minha, mas tenho só quatro crianças. Há algo em você que me refresca e conforta.
Quanta ajuda levamos aos outros quando desfrutamos Cristo em tempos de dificuldades e teste! Em Deuteronômios 8:7 é dito que na boa terra de Canaã há água fluindo nos vales e nas montanhas. Cristo está conosco e nos supre, não apenas nas montanhas, nos altos picos de nossa vida. Até mesmo nos momentos em que nos sentimos num vale. Ele é água, Ele é água viva a fluir! Tal desfrute é um refrigério para os que passam pelas mesmas dificuldades. Não é nos tempos pacíficos ou nos felizes, e, sim, nos dias de doença, tristeza e dificuldades que tais águas de alívio são produzidas. Quão abençoadamente os que beberem dessas águas ajudarão a outros.

O Caminho Da Vida

O CAMINHO DA VIDA

"E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gn 2:8-9).
Por qual desses princípios você rege sua vida conjugal: pelo princípio do bem e do mal ou pelo princípio da vida? Muitos pensam que um casal adequado é aquele que procura evitar, em suas ações, o mal (errado) e buscar o bem (certo). Viver baseado no princípio da vida é mover-se pela nova vida que ganhamos em Cristo Jesus. Um casal adequado não é aquele que antes de agir verifica se sua atitude está certa ou errada, mas o que verifica o modo como a vida divina em seu interior está reagindo ao que está fazendo ou que pretende fazer.
Os cônjuges brigam porque geralmente estão sendo orientados pelo princípio do certo e do errado. Por exemplo, quando descobrem, no final do mês, que as despesas estão maiores do que a receita, ambos se lançam em busca de saber quem está certo e quem está errado; quem gastou mais, quem foi mais pródigo. Nesse momento o lar transformou-se em um tribunal onde um assume a promotoria (o ataque) e o outro assume a posição de advogado (a defesa), alternadamente. No final de um bom tempo perdido, de muitas palavras duras terem sido ditas, de ofensas e desgastes, o veredito de quem gastou mais recai sobre a esposa.
O marido está com as provas, seus argumentos foram certeiros e fizeram calar a esposa. Ficou evidente que ele era quem estava certo e a esposa, errada. Esse é o princípio do certo e do errado. Veja este versículo: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (v.17). Quando levamos nossa vida conjugal ou mesmo nossa vida cristã dessa forma, há sempre uma resposta, uma consequência. Segundo a Bíblia, a morte é o produto tanto para aquele que está errado como para aquele que está certo.
Desse episódio ilustrativo, podemos extrair alguns princípios importantes a considerar em uma discussão: primeiro, tanto o vencedor como o derrotado experimentam a morte espiritual. O sentimento de vazio, fraqueza e mal-estar. Segundo, o que ganha a batalha da argumentação perde o principal, o cônjuge. Terceiro e mais importante: a vida divina se recolhe, deixa de ser expressa. Quarto: O inimigo de Deus sai vitorioso.
O que deve controlar o viver de um casal cristão é o mover da vida divina dentro deles, é o próprio Senhor. Perceba o sentimento da vida, escute seu pronunciamento e aja a partir dela. É ela que diz o que deve ser feito. Muitos casais, mesmo aqueles que se amam, brigam e se separam baseados na convicção de que um deles está certo. Isso não é estranho?!
O "eu estou certo" tem separado mais casais do que os erros. Só a vida une.
A vida conjugal terá um salto em qualidade e e desfrute quando resolvermos viver baseados no princípio da vida.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

O Primeiro Dom: Invocar

O Primeiro Dom: Invocar

O primeiro dom que todos os que creem em Jesus ganham é o de invocar o nome do Senhor conforme Paulo explica: "A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados. Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo" ( Co 12:1-3).
Todos os filhos de Deus possuem o dom de invocar: Ó Senhor Jesus! Antes não tínhamos essa habilidade, pois éramos todos mudos; mas hoje podemos exercitar esse dom, invocando a todo tempo e em todo lugar, o nome do Senhor Jesus.

Esperar em Deus

ESPERAR EM DEUS

     Esperar em Deus não é uma atitude passiva, mas é algo muito ativo que implica muito trabalho. Esperar em Deus exige que lutemos contra nossas idéias, nossos arranjos, nossas saídas de emergência. Esperar em Deus demanda que lutemos contra a ansiedade, contra os temores, contra a falta de fé e contra o impulso de nossa carne de querer ajudar Deus. Esperar em Deus leva-nos a voltar sempre os olhos para o Senhor, o invisível Soberano, e afastá-los de tudo o que é visível, lógico e palpável - essas coisas querem provar que é inútil esperar Deus agir.
     Esperar em Deus não é cruzar os braços e esperar que as coisas simplesmente aconteçam, mas é dobrar os joelhos e orar para que Deus apresse o momento de cumprir Sua vontade. Esperar em Deus não é alienar-se de tudo o que ocorre e aceitar os fatos como se fossem uma fatalidade, mas é, mesmo chorando diante de Sua presença, dizer-Lhe que ama Sua vontade, ainda que não a compreenda plenamente.
     Esperar em Deus é desistir de qualquer ação ou pensamento, a não ser o de descansar em Seus braços, confiante em Seu amor e desígnios.
     "Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa. Espera... no Senhor, desde agora e para sempre" (Salmos 62:1; 131:3).

Para Que se Preocupar?

PARA QUE SE PREOCUPAR?

          Jesus, observando como os homens se angustiavam em busca do sustento e dos bens materiais, proferiu as seguintes palavras:
          __ Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Ou considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
          De fato, a natureza espelha o amor e cuidado do Criador. Nela, o mais simples passarinho não é esquecido, nem um lírio passa despercebido. Quanto mais, então, não cuidará Deus de nós, Suas criaturas peculiares, e, sobretudo, filhos nascidos Dele? Certamente nosso sono pode ser mais tranquilo que o das aves, pois nosso Pai celeste conhece todas as nossa necessidades (Mateus 6:26-34).


BARULHO DE LEÃO NOVO

O Dario orquidófilo contou-nos uma interessante história. Um grupo de amigos dele por causa de uma pesquisa de zoologia, foi para as regiões selváticas da África. Cada noite no acampamento, alguém ficava de vigia enquanto os demais dormiam. Certa manhã, ao acordarem, deram-se conta de que o vigia desaparecera e ninguém ouvira nada. Os amigos de Dario ficaram apavorados com o fato. Na noite seguinte, mal conseguiam dormir. De repente , ouviram fortes e assustadores rugidos. Um deles gritou:
__ É o mesmo leão que devorou o vigia de ontem!
Um membro da equipe, mais experiente, acalmou-o dizendo:
__ Desse leão você não precisa ter medo. Esse é um leãozinho novo, que ruge para exibir-se e não permanecer "anônimo". Quem pegou o nosso vigia era um leão adulto, que não faz barulho algum. Talvez ele já estivesse há alguns dias, em silêncio, esperando uma cochilada do vigia para apanhá-lo.
O pecado que nos assedia também age assim. Não há o que temer com relação ao pecado que se nos apresenta de maneira descarada, gritante. Esse nos assusta e fugimos dele. O pecado realmente perigoso é aquele que nos acompanha, o que ocultamos em nosso coração. Ele é silencioso, matreiro, discreto. Observa-nos, em nossa vigilância espiritual e devora-nos sem misericórdia. Não tema o barulho do leão novo, mas o silêncio do velho leão.

Deixe Sua Luz Brilhar


DEIXE SUA LUZ BRILHAR

Naquele reino distante, a população foi tomada de súbito pavor. Repentinamente, em pleno dia, sem nenhuma explicação, o céu escureceu-se e fez-se a mais profunda e densa escuridão. Ninguém enxergava coisa alguma que estivesse a poucos centímetros dos olhos. As pessoas gritavam desesperadas, mulheres choravam convulsivamente, homens amaldiçoavam o fim do mundo.
Enquanto o desespero aumentava, alguém pegou uma pequena vela e acendeu-a. Tão densas eram as trevas, que aquela vela pouco iluminou, mas sua luz foi suficiente para que outra pessoa também encontrasse uma vela para acender, e outra se sentisse reconfortada pela luz, e outra deixasse de chorar, e outra fosse também procurar uma fonte de luz.
Estamos em uma era de trevas -- mesmo os não-cristãos reconhecem isso --, tão densas trevas, que muitos filhos de Deus, aqueles que em Suas Palavras são chamados de "luz do mundo", "filhos da luz", "luzeiros", têm-se omitido em sua missão de iluminar. Nos escritórios, nas fábricas, nas faculdades, nas empresas etc., vemos cristãos que escondem o fato de serem cristãos, por temer a zombaria sobre a luz ou por que sua luz nada consiga mudar naquele lugar.
Precisamos ser ousados e deixar a luz de Deus brilhar em nós. O homem não foi feito para andar em trevas, mas para viver na luz de Deus. Por isso precisamos deixar uma pequena vela em meio às trevas que nos cercam. Isso conduzirá muitos ao reino da luz.
Deus nos constituiu ministros para converter os povos das trevas para a Sua maravilhosa luz (Atos 26:16-18; 1 Pedro 2:9).

O Coração


O CORAÇÃO

Era noite ainda quando Laura e o sogro, seu Raul, armavam a barraca de frutas na feira de domingo. Não era uma tarefa fácil, mas Laura estava muito alegre e começou a cantar, enquanto arrumava cuidadosamente as frutas. Seu coração estava cheio de amor por Jesus e ela cantava hinos de louvor. Seu sogro, ali do lado, ouvia calado o canto da nora. De repente seu Raul disse:
__ Laura, você canta muito bem. Mas por que só canta músicas que falam sobre Jesus? Gostaria que você cantasse para mim um tango ou uma guarânia paraguaia.
__ Depois de pensar um pouco, Laura disse meio encabulada:
__ Não é porque eu não goste de outras músicas, seu Raul. É que do meu coração e da minha boca não estão saindo outros cantos; somente louvores para Jesus!

"Porque a boca fala do que está cheio o coração" (Mateus 12:34b).

"As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença Senhor, rocha minha e redentor meu!" (Salmo 19:14).

"Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias" (Salmo 90:14).